Hoje, à hora de almoço, telefonei ao Fábio para saber se andava muito longe de mim.
Sorte a minha – ele tinha ido a Oeiras de manhã e estava de regresso na hora em que lhe liguei. Ainda não tinha almoçado, tal como eu e logo lhe perguntei se não queria um almoço especial e íntimo no meu apartamento.
- E isso recusa-se? – Respondeu logo com uma gargalhada meio surpresa, sabendo o que queria eu dizer com o tom de voz deliberadamente provocador que usei.
Meia hora depois tocava a campainha do meu apartamento e não demorei nem dois segundos a abri-la, e a sentir a força do seu beijo avassalador. O tesão era tão grande que me limitei a empurrar a porta com um pé e a subir para a sua cintura, braços apertados no seu pescoço, enquanto as suas mãos apertavam o meu rabo contra o seu baixo-ventre, as suas coxas, o seu sexo. A ansiedade era tão grande que já estava pronta para ele, ainda antes que chegasse. E, quando senti uma das suas mãos por dentro da blusa, apertando um seio, e a língua a fazer malabarismos dentro da minha boca, senti que os meus sucos humedeciam totalmente a pequenina tira de tecido do fio dental.
Desci uma mão para sentir o seu membro que já evidenciava sinais de grande excitação, ao mesmo tempo que deslizava a minha língua pelo seu pescoço e sentia os seus dedos a acariciarem as minhas nádegas e a procurarem o recanto quente, de carne expectante pelas suas carícias. Foi caminhando comigo até à sala, enrolada na sua cintura, até que me pousou no chão, ajoelhando-se e virando-me de costas para ele, forçando-me a colocar de quatro. Ergueu-me a saia até à cintura e agarrou-me pelas ancas, aproximando a boca da minha rata, beijando, deslizando a língua pelo espaço deixado pelo pequenino pedaço de algodão. Não aguentei mais e delirei num orgasmo louco ao sentir os movimentos que a sua língua fazia no meu clítoris, enquanto introduzia um dedo na minha gruta quente, ansiosa e molhada.
Apertou-me ainda mais contra o seu rosto, lambendo o mel que de mim escorria. Excitado, desabotoou as calças, tirou o pau e encostou-o à minha coninha, penetrando-me em seguida, num único movimento. Mais alguns impulsos e senti-o em todo o seu esplendor, dentro de mim, investindo de forma alucinada. Sentia aquele caralho a preencher-me totalmente e as suas coxas encostadas nas minhas nádegas, friccionando e embatendo de forma ritmada. A sensação de algo primitivo, secreto, como se fosse um acto proibido, aumentava a excitação e acelerava os nossos movimentos, fazendo-nos gemer mais alto, suspirar e pedir mais, mais, mais…
Até que as ondas de prazer fizeram rodopiar a mente, perder a noção do tempo e do espaço. O orgasmo atingiu-nos como um tornado, levando para longe todas as nossas forças, fazendo quase perder a respiração, enquanto soltávamos um grito de luxúria. Caímos para o lado, no chão, abraçados, corpos suados, sem se desunirem, meio vestidos, respirações aceleradas.
Minutos depois, ríamos divertidos por aqueles momentos de loucura. E que bom que é ser louco assim...
Curioso, mas nunca tínhamos dado uma destas fugidas a meio do dia. Não foi a minha primeira vez de rapidinhas na hora de almoço, mas foi a primeira vez com o Fábio. A rapidinha foi apenas o início, porque soube a pouco e ainda tivemos tempo para um segundo round, desta vez despidos, com preliminares mais prolongados, usando o sofá como cama, assento, encosto. No fim, um duche a dois, mesmo rápido, e saímos completamente satisfeitos a pensar na nossa loucura e em como poderíamos repetir.
O resultado foi ter chegado à reunião já depois das 15 horas, tentando manter um ar impenetrável. Felizmente não tenho de dar justificações a ninguém, mas acho que… apesar do esforço, deveria estar meio estampado no meu rosto, as emoções e sensações que tinha acabado de sentir.
Hum… tão bom…
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